sexta-feira, 5 de junho de 2009

COBERTURA DA VIRADA CULTURAL




SHOW DO NAÇÃO ZUMBI


São 10h45 da manhã do dia 3/4 e o calor está muito grande, a Praça da República (local do show) esta completamente lotado, ás pessoas se espremem umas as outras para verem o finalzinho da apresentação da banda paulista CPM 22. Exótico e diferente são duas palavras que definem o público do show. Pessoas com tatuagens, piercins, brincos, alargadores de orelha, correntes no pescoço, cabelos arrepiados, compridos, moicanos, raspados e pintados,descamisados ou com camisetas pretas de bandas de rock. Esse basicamente foi o visual do público. A grande maioria era de pessoas das tribos de rock e reggae e com os fãs da banda conviveram em harmonia sem nenhuma briga durante todo o show. Ás 10h58 o show do CPM 22 termina e grande parte do público vai embora, principalmente o público feminino adolescente e pais que estavam acompanhando seus filhos (crianças e adolescentes) no show eram presença marcante e também muitas pessoas se dispersaram. No intervalo entre as apresentações das duas bandas, as pessoas esperavam o próximo show e iam aquecendo ouvindo músicas tocadas pelos DJS do palco de bandas como: Áudioslave, Nirvana, Kiss, Ramones entre outras. Ás 12h15 a banda Nação Zumbi sobe ao palco com atraso de 15 minutos para apresentar um repertório variado entre seus maiores sucessos e músicas de seu ultimo Cd. As cinco primeiras músicas empolgam a platéia, Lucio Maia vocalista da banda disse. "O pessoal de São Paulo convidou a gente para o carnaval paulista" e em seguida cantou a musica "carnaval" do disco "Fome de tudo" e em seguida "Zumbi e Lampião" que levantou a platéia que, cantava o refrão que levava o mesmo nome da música.
Perguntados sobre o que estavam achando do show e qual a sua opinião sobre o evento, o balconista e estudante de farmácia Dominique Lupierre, 22, morador do bairro Vila Lurdes disse”O show foi muito, eu assisti ao Cordel de Fogo Encantado, Tim Maia Racional e Tribo de Jah, já venho á tres anos e nunca me decepcionei”. Já o vendedor Anderson José de Souza, 29, morador de Guaianazes disse.”O show esta perfeito, tem bem menos brigas que nas edições anteriores, mas seria interessante levar atrações como essas para a periferia” "Quem não gosta de reggae, bom sujeito não é" essa frase dita pelo vocalista da banda fez a platéia rir muito durante o show. Usando diversos instrumentos musicais de percussão como triângulo, zabumba, atabaques, ganzá, bango, chocalho e bateria, a banda pernambucana ia contagiando a galera, com suas fortes batidas, composições que tem nas letras influências regionalistas e temáticas nordestinas. O percussionista Gustavo da Lua tocava dois chocalhos sem forma de mísseis o que foi motivo de comentários entre todos que ali estavam, juntamente com os outros percussionistas da banda eles interagiam com a platéia. Eles tocavam e quando paravam a platéia batia palmas, em seguida ele disse, “Já tão bons para tocar com a gente” Antes de cantar a penúltima que foi "Maracatu Atômico" o líder da banda retribuiu o convite feito no começo da apresentação chamando o público para o carnaval de Pernambuco e falou da mistura entre Manguebeat, Rap, rock e frevo. A apresentação da Nação Zumbi terminou ás 13h01, com um repertório de 14 músicas e a última foi a música "Quando a maré encher" do disco “Nação Zumbi.”

DJS ADRIANO PS e MAU MAU





Diversidade foi a palavra de ordem na festa de música eletronica que ocorreu na rua 15 de novembro. Mulheres, homens, brancos, orientais, gays, lésbicas, adultos, adolescentes pessoas de todos os tipos dançavam intensamente ao som das batidas das musicas do Dj Adriano Ps. A alegria contagiava a todos e muitas mulheres bonitas prestigiavam a festa. Apresentação do DJ Adriano Ps pelo guia da Virada Cultural estava previsto para ter inicio ás 20h00, mas começou as 21h00 e a do Dj Mau Mau ao invés de começar as 02h00 começou as 22h00, não se sabe o porque jovens, adultos da troca de horário.
As esquinas das ruas 15 de Novembro, 3 de Novembro e do Comércio foram completamente tomadas por uma multidão de pessoas que, transformaram as tres ruas em uma verdadeira festa Rave (festas de musica eletronica feitas em sítios) com tudo o que tinha direito. Mas um dos pontos negativos do local da festa e adjacencias era a sujeira que possuia todos eles. O lixo que era visto no chão, foi jogado pelos próprios frequentadores da festa que era feito de garrrafas pets, papeis, panfletos, latinhas de alumínio, sacolas plásticas etc.
Perguntado sobre qual a estimativa de público, um cabo da P.M que não quis se identificar falou que ali tinha aproximadamente 25 mil pessoas. já o balconista Felipe Freire de Aguiar disse “ A festa esta muito legal, mas as brigas e o consumo de drogas atrapalham o ambiente”.
O consumo de álcool e drogas como lança perfume, maconha, cocaína e êxtase era muito grande, se via várias pessoas sentadas e deitadas no chão da rua 15 de Novembro e nas portas dos comércios, todos por embreagues ou sobe efeito de drogas. Menores e
adultos tinham muita facilidade para comprar bebidas alcoólicas marreteiros vendiam livremente garrafas de vinho de 1 litro a R$ 5,00 cada e também passavam entre a multidão como verdadeiros garçons oferecendo uísque com energético em cima de suas bandejas á R$ 5,00 a dose. O fácil acesso a bebidas e o baixo preço delas faziam com que as pessoas ficassem bêbadas facilmente e criassem confusões.
Ás 22h00 o DJ Mau Mau assume as pick ups e com seu Drum bass, techno House, trance, tribal e progressive faz com quem ninguém ficasse parado. Vários tumultos ocorreram por voltas das 23h10P.M por causa de inumeros incidentes ocorridos como furto de celulares, carteiras, bonés, cameras digitais etc. Por volta de 12h55P.Uma briga envolvendo dois grupos com cerca de dez integrantes de cada lado assustou a todos
por alguns instantes. Quanto mais o tempo se passava, mais o local da festa ficava cheio, intransitável e aumentava o empurra, empurra, até que ás 01h15 ficou impossível permanecer no local.

SHOW DE ROBERTO FREJAT



Ao chegar ao SESC Itaquera no dia 3/4 ,ás,14h45, encontrei uma situação no mínimo inusitada: a combinação da natureza, boa musica e um lindo sol. Essa mistura transformou o show de Roberto Frejat num verdadeiro espetáculo musical . O show estava previsto para começar as 15h00, mas começou com oito minutos de atraso. O cantor e sua banda subiram ao palco numa entrada triunfal com todos vestidos de roupa social preta. Na entrada foi cobrado R$ 6,00 para quem não sócio do clube e R$ 3,00 para sócios e estudantes com a carteirinha de estudantes na mão . Segundo um funcionário do SESC, a capacidade máxima do local era de 60 mil pessoas, mas estavam presentes no show cerca de tres mil pessoas. O público era diferente de outros e ventos da Virada Cultural, tinha casais de namorado, idosos, adultos e adolescentes e pessoas com traje de banho vindos do complexo áquatico, que faz parte do mesmo local. O ambiente é familiar e bem mais tranquilo do que em outros e ventos da Virada Cultural, totalmente limpo. O cantor que estava acompanhado de quatro músicos: Bili Brandão (guitarra), Marcelinho Costa (bateria), Bruno Miliari (baixo),Mauricio Barros (teclado), abriu o show com as canções"Dois lados","Eu não quero chorar mais", Intimidade entre dois estranhos" e mais algumas musicas de seus dois trabalhos solo. O show foi agradável não só pela atração, mas também pelas condições e estrutura que o local oferece ao expectador. O som estava bastante alto, o lugar em que é montado o palco proporciona ao público uma boa acústica, a grade de proteção fica a pouco mais de tres metros do palco do show. Com sua guitarra tocando suas baladas românticas, o compositor levava casais e a platéia feminina ao delírio, alguns fãs do romantismo e das composições que falam de situações amorosas e outros fãs desde a época do Barão Vermelho. Ás 15h21 o cantor cantava a música "procuro um amor" em seguida "Amor meu grande amor" de Ângela Ro Ro, um grande sucesso da Banda Vermelho. Com o sol escaldante sobre a cabeça das pessoas Frejat diz, " sempre tive vontade de cantar essa musica desde de a primeira vez que a ouvi" a musica era "Mais uma vez", uma composição de Renato Russo, a platéia inteirinha cantou a letra, em seguida ele cantou "Sobre nós dois","Homem não chora" ,"Vambora" uma composição e sucessode Adriana Calcanhoto e "Hoje eu acordei".
Alguns fãs foram entrevistados como o mensageiro Jaimer Borges da Silva, 45, morador da Vila Formosa disse”Estou gostando muito, mas deveria ter uma arquibancada, mais atrações desse nível como Caetano Veloso e Gilberto Gil e maior divulgação sobre o evento”, já o professor de cursinho Alex Perroni, 37, morador do centro disse” Já acompanho a carreira do Frejat á muito tempo, a intenção da prefeitura é boa, mas pela quantidade de pessoas já começa a ter problemas de infraestrutura”. O por do sol ia aparecendo e a temperatura caindo quando o compositor começou a cantar alguns sucessos do Barão Vermelho como"Beth balanço" em que todas as pessoas cantavam com o maior entusiasmo. Alguns pessoas presentes estavam com camisetas estampadas do cantor e sua banda, Lps antigos de quando ele e Cazuza faziam parte da mesma banda. A apresentação continua e o cantor canta "Por você" troca a guitarra pelo violão, a galera toda canta e pula, em seguida ele fala "Fiz uma musica com o Cazuza e esqueci da letra, me ajudem a cantar" a musica era "Malandragem" um grande sucesso na voz de Cássia Eller e depois "Amor pra recomeçar". O cantor fala "obrigado" e recebe palmas da público e diz"esse é o melhor presente que nós poderíamos ter recebido depois de uma longa turne pela Europa" e canta "Mais uma dose" Frejat fala obrigado emanda muitos beijos e sai do palco, os fãs pedem bis por 2 minutos e ele volta e canta "Exagerado" e todo mundo pula do chão e foi a última música, o show terminou ás 16h33 com todos que estavam presentes satisfeitos coma performance do cantor.

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