domingo, 18 de dezembro de 2011

O Doutor da bola nos deixou



Por Luiz Augusto


Alto, magro, sorridente, inteligente, político, crítico, intelectual, médico, comentarista esportivo, craque de bola essas foram algumas características de Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira ou simplesmente Magrão".
Nascido em 19 de fevereiro de 1954, em Belém do Pará. O doutor da bola como era conhecido começou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, passando por S.C Corinthians, Fiorentina(Italia), C.R Flamengo, Santos F.C e Seleção Brasileira. Ganhou diversos títulos por onde passou como: Campeão da Taça Cidade de São Paulo de 1977, Campeão paulista em 1979, 1982, 1983 e Campeão carioca de 1986 entre outros títulos com a seleção brasileira.
Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro e mundial também era conhecido por seu engajamento político. Foi um dos criadores da "Democracia corintiana",movimento que reivindicava para os jogadores mais liberdade e autonomia nas decisões administrativas do clube. Também participou das "Diretas já". Foi dos poucos jogadores de futebol que teve uma vida bastante ativa fora dos gramados, atuando como comentarista esportivo em programas de TV e colunista em jornais e revista. Com suas passadas largas, belas jogadas, chutes precisos, toques de calcanhar Sócrates fez lindas jogadas entre o meio campo e ataque.
Quando encerrou á carreira de jogador fez um "passe milimétrico" entre o futebol e a vida intelectual e artística. Era articulista da revista Carta Capital e do jornal Agora São Paulo e comentarista esportivo do programa Cartão Verde, da TV Cultura entre outras atividades. Mas no auge da carreira futebolística já se diferenciava dos demais atletas por sua vida fora do futebol. Em 1980 gravou um LP de musica sertaneja chamado "Casa de caboclo", com 50.000 cópias, produziu a peça de teatro "Perfume de Camélia" e fez participações em telenovelas.
Juntamente com o jornalista Ricardo Gozzi escreveu o livro "Democracia corintiana" e por último produziu o documentário "Ser Campeão é Detalhe" sobre a Democracia corintiana, com depoimentos de personagens da época.
Mas infelizmente o Magrão faleceu no dia 4 de Dezembro de 2011, decorrente de problemas renais, causados pelo alcoolismo. Concidentemente essa foi a data encerramento do campeonato brasileiro, com o S.C Corinthians sagrando-se campeão. Lágrimas de uns, lamentações de outros, mas o que fica são as lembranças de um grande homem, pai, atleta, médico e ativistas político. A única certeza que se tem, é que o doutor da bola esta jogando no time de todos os craques que nos deixaram como Puskas, Garrincha, Didi, Zizinho, Vavá, Leônidas da Silva, Toninho Guerreiro, George Best entre outros.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O grande entre os grandes

Nessa segunda feira, 2 de maio, foi o vigézimo aniversário da morte do grande cronista esportivo Odair Pimentel.
Odair Pimentel morreu aos 51 anos, no ano de 1991, no Hospital do Câncer ,onde ficou internado por um mes.Na época ele era preisdente da ACEESP, associação dos cronistas esportivos do estado de São Paulo.

Trabalhou no Jornal dos Sports, Diário da Noite, Folha da Tarde e Noticias Populares, antes de trabalhar no Jornal O Globo, onde foi editor chefe de esportes da surcursal de São Paulo.
Teve momentos marcantes na carreira. Em um deles, quando o Brasil agonizava antes de ser eliminado da primeira fase na Copa de 66, produziu uma das manchetes mais famosas do Jornalismo esportivo:"Pelé, jogai por nós".

Mas o mais importante feito de Odair Pimentel ocoreu na excursão do Santos F.C a um país da Àfrica que estva em guerra. Como os guerrilheiros tinham ameaçado matar Pelé, e como havia por parte dos organizadores do jogo, a exigencia que Pelé desfilasse em carro aberto, lá se foi Odair. Aproveitando a semelhança física com o maior jogador do mundo, ele subiu no carro, desfilou por horas acenando para a multidão e arriscando a própria vida. Só para proteger o amigo Pelé.

Nos últimos anos de vida, andava apoiado por uma bengala. Tudo por causa de um acidente automobilistico sofrido em 1986, na estrada que liga a rodovia Ayrton Senna ao aeroporto de Guarulhos, quando ia cobrir o embarque da seleção para Copa daquele ano.
LIVROS

Fonte:ACEESP

quinta-feira, 31 de março de 2011

Balcão de negócios chamado Carnaval

Depois de seis dias de festa regradas a muito samba, bebida alcólica,
liberdade, sexo, drogas e verba pública, enfim terminou a Feira Livre
de negócios e exibicionismo chamada Carnaval. Agora sim o ano começa
no Brasil. Todo ano é a mesma coisa, janeiro começa e todos ficam
anciosos para o inicio do Carnaval, alguns para usar os dias do feriado para descançar e festejar, outros para se exibir.

O carnaval chegou ao Brasil por volta do século 17, influenciado por
festas carnavalescas que ja aconteciam na Europa, em países como
França e Itália. Lá os foliões usavam fantasias e máscaras. O Rei
Momo, aquela figura com formas rechonchudas e os Pierros tambem tem
origens européias, que ao longo do tempo foram introduzidos no Carnaval
brasileiro. A partir do século 20, as marchinhas de Carnaval e blocos
carnavalescos popularizavam o Carnaval, pessoas se fantasiavam e
tambem os seus próprios veículos dando origem aos primeiros carros
alegóricos e tambem o surgimento das primeiras escolas de samba em São
Paulo e Rio de Janeiro.

Mas ao longo do tempo as coisas foram mudando e hoje o que se ve é um verdadeiro balcão de de negócio!
Antigamente os membros das escolas de samba eram formados por pessoas da comunidade, que trabalhavam arduamente no barracão das agremiações para realizar o sonho de ver a escola desfilar e ouvirem as pessoas gritarem :é campeão!!!!!!!!!!!
Hoje o que se ve é mulheres siliconadas que mal sabem sambar, desfilando nas escolas de samba como rainhas e madrinhas de bateria, sem contar que durante uma época do ano essas pessoas mal vão nas escolas de samba!!! O fato que há alguns anos desfilar em escolas de samba significa autopromoção, a mídia da uma enfase muito grande para essa festa! Durante quatro dias a televisão transmite durante horas pra todo o país os desfiles das escolas de samba e tambem no norte e nordeste a passagem de trio elétricos por avenidas.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O surf mundial em 2011 sem Andy Irons

Em novembro do ano passado eu estava navegando na internet num site especializado em surf, quando fui surprendido com a triste notícia da morte de Andy Irons, vítima de dengue.
Estamos em plena disputa da primeira etapa do circuito mundial, a Gold Coast, realizada na Australia. O primeiro pensamento que me vem em mente é o seguinte: e agora quem representará o Hawai no circuito mundial? Andy irons era nada mais, nada menos que tricampeão mundial de surf, o último a conseguir tal façanha pelo Havai. Juntamente com os australianos Joel Parkinson e Taj Burrow, os tres eram os únicos capaz de fazer frente ao americano Kelly Slater.

Ele foi o atleta que trouxe os últimos tres títulos para o Hawai, antes dele os compatriotas Sunny Garcia no ano de 2000 e Derek Ho em 1993 foram os vencedores. Era o único no surfista havaiano com grandes chanches de conseguir mais títulos para o Havai, os seus compatriotas não possuem o mesmo nivel de surf e competitividade, e seu irmão Bruce abandonou o circuito mundial em 2008 para virar freesurfer.

O Havai é considerado o supra sumo do surf, continuará sendo o local onde quebram as melhores ondas do mundo, todo inverno terá crownd. Pipeline, Backdoor, Rockpoint, Jaws e Waimea jamais perderão o seu brilho, mais o povo havaiano com certeza sentirá ausência e a representatividade que Andy Irons tinha no circuito.

O surf mundial ainda esta de luto neste começo da temporada de 2011 na Australia, mas Andy Irons sempre permanecerá vivo na memória de todos os amantes do surf, desde crianças até grandes surfistas. Tenho certeza que ele ja esta surfando altas ondas no céu juntamente com Mark Foo, Runny Burns, Edie Aikau entre outros.