sábado, 16 de janeiro de 2010

Crianças carentes aprendem elementos da cultura brasileira

Crianças carentes aprendem elementos da cultura brasileira

Por Luiz Augusto

Empresas de grande porte, que atuam nos mais diversos ramo de atividade , procuram se diferenciar no mercado de trabalho se responsabilizando socialmente entregando se a comunidade, procurando contribuir oferecendo espaço da empresa para que se realize atividades culturais, de lazer e educacionais. Desenvolvendo projetos sociais que ajude pessoas e comunidades em sua qualidade de vida. Em virtude da desigualdade social que atinge todo o Brasil, o Grupo Orsa por meio de sua Fundação (que leva o mesmo nome) criou um projeto dedicado a cultura brasileira. São oficinas que ensinam Capoeira, Circo, Musicalização entre outras.
A oficina que mais se destaca é a Ritmos brasileiros, existe desde 2007, localiza se na Rodovia Índio Tibiriçá, em Suzano, reúne 120 crianças de 07 a 15 anos, que depois do último ano, tem um encaminhamento direcionado a cursos profissionalizantes. O objetivo é trabalhar o resgate da cultura popular, através de música com crianças carentes. Dentro dela existe o grupo de música “Cia Batuca e”, que trabalha com os ritmos Bumba Meu Boi, Maracatu, Cacuriá, Caroço e Ciranda. O grupo já possui um repertório de músicas próprias, utilizam instrumentos como, Caixa do divino, Tambor do onça, Alfaia, Pandeirões e Agogo. As referencias musicais do grupo são Naná Vasconcelos, Tião Carvalho, Papete, Dona Teté e Antonio Nóbrega. Já se apresentaram em São Paulo, Mogi das Cruzes, Campinas e Paranapiacaba. Sempre se apresentam em festas regionais, aberturas e fechamentos de eventos musicais e sociais. Todas as demonstrações durão de 15 a 30 minutos e cada ritmo possui um figurino próprio.
As crianças vão a oficina três vezes por semana, terça, quarta e sexta. Em dois períodos, de manhã das 8h30 as 11h00 e a tarde das 14h00 as 16h30.
Todos os participantes das oficinas são crianças carentes que moram em bairros próximos da fundação.
A oficina é coordenada pelo músico e percussionista Paulo Betzler, 36, que da aulas no projeto a dois anos. Segundo ele a intenção é a elevação da auto estima das crianças. Perguntado sobre o que os pais acham do projeto, qual sua relação com os alunos, disse”.Para os pais é mais que um mero projeto. É um abrigo para os filhos, eles se alimentam, aprendem e se divertem. Quanto aos alunos muitas vezes eu deixo de ser um professor para ser um amigo. Brinco de jogar bola, converso e dou conselhos.
Frutos colhidos
Perguntado se um dia tem esperança de ver sair da oficina algum talento, o coordenador falou que, “Na verdade já tem, um educando que fazia aulas aqui durante um tempo, hoje ele da aulas dentro do projeto. A pouco tempo teve uma escola que pediu que nós ministrássemos uma oficina. Saíram daqui quatro crianças, eles foram ensinaram e depois, os alunos da escola fizeram uma apresentação. Essa é uma satisfação muito grande saber que um educando saiu da minha oficina e tem capacidade dar aulas em outro lugar”conclui.

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