quarta-feira, 12 de março de 2014

Choque de classes ou puro preconceito


Por Luiz Augusto

Li um texto sobre os famosos rolezinhos, da jornalista Eliane Blum, por sinal um belíssimo texto. Mas confesso que depois de ler fiquei com a minha opinião dividida, não com o texto e sim por alguns motivos que levam as pessoas a terem reações e opiniões adversas sobre os rolezinhos.
De um lado você tem rapazes e moças, moradores de bairros de periferia que, querem consumir os mesmos produtos da classe média e do outro existe uma classe média que não esta preparada pra conviver e dividir os mesmos produtos e ambientes, com outras pessoas que não sejam do seu ciclo social.
Diante disso, vemos um conflito de opiniões, do qual não sabemos que tem razão, mas a dúvida que fica é seguinte: será que vivemos numa democracia? 

Fonte: Portal Geledés

Para ler o texto acesse o link: http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/22538-eliane-brum-rolezinhos-o-que-estes-jovens-estao-roubando-da-classe-media-brasileira#at_pco=smlwn-1.0&at_tot=1&at_ab=per-1&at_pos=0


segunda-feira, 10 de março de 2014

Que decepção!


Por Luiz Augusto 

Hoje eu li uma declaração do jogador Tinga, do Cruzeiro, que no mínimo me deixou perplexo. A entrevista feita com o jogador, foi publicada na coluna do jornalista Rodrigo Constantino, na revista Veja.
Perguntado se é a favor das cotas, o jogador disse que não é a favor das cotas pra negros e ainda deu outras declarações.
Na minha opinião essa entrevista foi tendenciosa, ela já começa com o titulo "jogador Tinga marca um golaço na politica". No final dela o jornalista diz que o jogador deve ter decepcionado os militantes raciais que adoram explorar casos famosos para obter privilégios estatais. Gostaria de saber qual o conceito de golaço que esse jornalista possui? As cotas em universidades públicas brasileiras foi um direito conquistado, com o objetivo de democratizar o ensino superior público nacional e não um privilégio dado pelo governo.

Acho que vivemos em uma democracia, onde as pessoas tem livre arbítrio para expressar suas opiniões sobre diversos assuntos, mas nesse caso acho que o jogador não possui o mínimo de embasamento sobre cotas raciais.
Pra mim esse rapaz perdeu a oportunidade de ficar calado! Com certeza pra ele falar que não concordar com cotas para negros é porque ele não conhece a verdadeira história dos negros no Brasil e muito menos o objetivo do sistema de cotas para negros!
Infelizmente Tinga é só mais um de muitos negros que abraçou a mentalidade do sistema capitalista, acreditando que todas as pessoas são iguais. Somo iguais perante a lei, mas não perante a realidade!
No mínimo, essas declarações dele, caiu como uma luva para a elite que domina o sistema capitalista e o ensino público brasileiro, mas também foi uma decepção para militantes do movimento negro, que luta incessantemente pelos direitos dos negros no país!
Casos como esse são comuns entre negros que dispõe de um alto poder financeiro, eles esquecem que são negros, só lembram quando se sentem discriminados por outras etnias. O maior caso de "esquecimento" é o do jogador brasileiro(prefiro não citar seu nome) considerado o maior atleta do século. Alguém já viu ele se envolver em questões contra o racismo dentro e fora dos campos?
São situações como essa que só aumenta a desunião entre negros no Brasil!
Quanto ao fato dele falar que os filhos dele não vão usar o sistema de cotas e tem obrigação de passar, ele esta certíssimo! Com todo o dinheiro que ganhou, ganha e ganhará ele poderá pagar um ensino de qualidade pra seus filhos e exigir tal coisa!

Agora eu pergunto: quantos negros no Brasil dispõe da mesma condição financeira que ele pra poder investir no estudo de seus filhos e depois dizer: meus filhos não vão usar cotas, eles estudam em colégios ótimos e tem obrigação de passar?


Fonte: Revista Veja
Link: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/racismo/o-jogador-tinga-marca-um-golaco-politico/#.UxssW054Mg4.twitter

sábado, 8 de março de 2014

Por uma "boa aparencia"



Por Luiz Augusto

Em dezembro de 2013, foi realizado um protesto, no Colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin, bairro nobre da zona sul de São Paulo. A manifestação ocorreu em virtude da estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, de 19 anos, ter denunciado a diretora da escola por racismo, em virtude da diretora da escola ter a "aconselhado" duas vezes a alisar seus cabelos para manter a boa aparência. No local também estava presente pessoas que prestavam solidariedade ao colégio.

Chega a ser patético uma instituição de ensino ter uma postura com essa em um país multirracial.
O colégio possuindo tal norma e a reafirmando através de sua diretora que, chamou a atenção da funcionária duas vezes para que ela alisasse o cabelo, só admitiu que o padrão de beleza brasileiro é branco, apesar da população do país ser miscigenada!
A partir do momento em que a funcionária foi "aconselhada" duas vezes para alisar seus cabelos, não foi respeitado a características étnica de colaboradores e alunos.
Na matéria pais, alunos e professores dizem que o colégio sempre trabalhou com diversidade e inclusão racial, se sentiam ofendidos com o rótulo de "colégio racista", que nunca foram feitas denuncias de racismo e também possui funcionários negros.
Ai ficam algumas dúvidas: Qual o conceito de "boa aparência" que o colégio possui?
Os outros funcionários negros do colégio também foram "aconselhados" a alisar seus cabelos para manter a "boa aparência"?
Será sugerido a alunos descendentes ou que nasceram em países islâmicos e utilizam qualquer tipo de véu ou chapéu em suas cabeças em virtude suas religiões as retirarem?
Qual o procedimento para alunos que possuem tranças?
Dúvidas como essas ficam na mente daqueles que leem noticias relacionadas a um colégio particular.
Uma instituição de ensino tem por obrigação debater a diversidade racial e a cultura afro para seus alunos, até por que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão em 1888, pela princesa Isabel.


Fonte: Revista Fórum
Link: http://www.revistaforum.com.br/blog/2013/12/ruim-e-o-racismo-movimento-negro-protesta-em-frente-a-escola-acusada-de-racismo/

Dia internacional das mulheres



Feliz dia internacional das mulheres!