sábado, 23 de janeiro de 2010

Indecisão no caso Hernanes

O que aconteceu com o Dodo no passado é o que vai acabar acontecendo com o Hernanes no São Paulo. Na època o Celta de Vigo(Espanha), fez uma proposta ao S.P.F.C de 10 milhões de dólares por Dodo que estava no augi da seu futebol.
O clube recusou, pois achava que aquele valor era muito pouco. Conclusão: Dodo entrou em desgraça com a torcida e foi para o Santos F.C a troco de banana, o mesmo aconteceu com Jamelli.
O S.P.F.C pensa que vai ganhar dinheiro com seus jogadores formados em Cotia, como aconteceu com Breno. Agora se apressa em vender Hernanes por um valor abaixo do que realmente vale, com medo de ficar com quase nada, como ocorreu com Kaká.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Jiu jitsu nas olímpiadas

Nem chaves, nem estrangualmentos, a arte suave perdendo para ela mesma

Luiz Augusto

O jiu jitsu é um esporte que já tem mais de cem anos de existência. Nasceu no Japão e foi trazido para país em 1915 pelo mestre Conde Koma. Tem como princípio básico usar o mínimo de força. Seus movimentos procuram pressionar, estrangular, imobilizar, torcer as articulações, levar os adversários ao chão através de quedas evitando assim o uso de armas. Depois de ser aprimorado e difundido pela família Gracie, hoje é conhecido como ”Brasilian jiu jitsu”. Em todo esse período o esporte se desenvolveu e cresceu no mundo todo, mas não o suficiente para se tornar esporte Olímpico. Muito adeptos no Brasil, poucos praticantes em outros países, visão negativa da sociedade, diferentes critérios para troca de faixa, diversos estilos, esportes parecidos, fechamento de chaves, esses são alguns motivos que impedem o jiu jitsu de participar das olimpíadas. Segundo o COI(comitê olímpico internacional) os requesitos para um esporte se tornar olímpico é ser praticado em 75 países e 4 continentes e 40 países e 3 continentes por mulheres e ainda possuir uma entidade que regule o esporte mundialmente. Esse é justamente um dos motivos que dificulta que o jiu jitsu vá as Olimpíadas. A falta de um convenio ou intercambio entre confederações e união entre dirigentes e atletas dificultam ainda mais a situação. O Brasil possui duas confederações, a CBJJ, sediada no Rio de Janeiro e presidida por Carlos Gracie e a CBJJE com sede em São Paulo e presidida por Moises Muradi, mas só a primeira é reconhecida pelo COB. Sendo assim só atletas filiados a CBJJ teriam o direito de disputar os jogos Olímpicos. Uma situação que desagrada lutadores ligados a outra entidades. No meio dessa rivalidade os maiores prejudicados são os lutadores e o próprio esporte. Perguntado se gostaria que o jiu jitsu se tornasse esporte Olímpico e quais benefícios traria ao esporte Jessé da Silva Santos, 37,funcionário público e praticante faixa azul de jiu jitsu á oito anos disse “Se fosse para os jogos olímpicos teria mais patrocínio por parte de grandes empresas, seria mais divulgado junto aos leigos. As pessoas acham que o jiu jitsu é Vale-Tudo(mix de artes marciais) me para na rua e ficam me perguntando se eu tomo pancada, sendo que o esporte é baseado em chaves e imobilizações. A arte tem vários estilos e posições ao contrario do Judo, as entidades querem padroniza-lo, se isso acontecer ele perde a sua essência, conclui. Já Sergio Vieira,27, também comentou sobre assunto e disse “Acho que na verdade tem o lado positivo e negativo. Se o jiu jitsu entrasse para as olimpíadas, as chances de medalhas seriam muito maiores para o Brasil, mas também aumentariam a quantidades de pessoas que saíriam brigando na rua e justificando que o esporte que faz é olímpico.” O fato é que o jiu jitsu esta na briga e na fila com outros esportes mais organizados como: Futsal(futebol de Salão) Muay Thay, por exemplo. Segundo o presidente da Confederação brasileira de jiu jitsu esportivo(CBJJE) Moises Muradi, O jiu jitsu tem que ter uma normalização mundial, pois, é um esporte muito abrangente, ele tem regras próprias que outros países ainda não conhecem. Perguntado sobre o que acha do não reconhecimento da entidade da qual preside, pelo COB e o lado positivo e negativo do jiu jitsu disputar os jogos olimpicos,disse” Na verdade estamos distantes de uma realidade Olímpica da Modalidade, precisamos fazer um trabalho de base no Brasil e no mundo, é o que o estamos fazendo. Em relação a participação, acho que esporte ganha visibilidade total perante ao público, em contrapartida perde o príncipio filosófico e milenar da arte.”conclui. A realidade é que independente de qual esporte irá as olimpiadas, todos estão na torcida por medalhas.

OPINATIVO

Querer nem sempre é poder

Por Luiz Augusto

O jiu jitsu é um esporte maravilhoso. Tem uma história de vida interessantíssima, carrega consigo bons e maus profissionais como toda e qualquer área de trabalho. Já se tornou um estilo de vida para alguns, é considerado como esporte radical por outros. Nos bastidores movimenta milhões de reais e de dólares ao redor o mundo através de, grifes de kimonos, aulas particulares, academias, campeonatos e etc.
O esporte cresceu, se desenvolveu em termos técnicos, a maior prova é que mestres, professores faixa pretas da “arte suave” estão por vários países da Europa, Ásia, Oriente Médio e América Central ensinando as técnicas e ganhando uma boa remuneração. O caso de maior sucesso é o de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde o jiu-jitsu se tornou um fenômeno local. Teve o investimento de vários “petrodólares” por parte dos xeiques locais é o país onde se paga a maior premiação em dinheiro para atletas. Professores foram contratados para ensinar a “arte suave” e atualmente grande parte dos colégios aderiram a arte marcial como esporte. Mas infelizmente apesar de toda essa ascensão, esqueceram de se organizar. Hoje vemos um clamor nacional por parte dos amantes de artes marciais para que ele se torne esporte olímpico. As dificuldades que o impedem são imensas vão desde, fechamento de chaves, ausência de confederações e faixas pretas suficientes em outros países, atletas que saem da academia para irem brigar na rua, desavenças entre dirigentes de entidades entre outros.Outro problema é a concorrência de esportes um pouco mais organizados que também querem entrar para os jogos olímpicos e não conseguem. O Comite olímpico brasileiro só reconhece uma confederação brasileira, aqui no Brasil existem tem duas. A padronização de estilos do jiu jitsu divide opiniões entre os praticantes. Alguns acham que é um avanço para chegar as olimpíadas, outros dizem que o esporte vai perder a essência. Dirigentes poderiam se unir em pró de um mesmo objetivo, mas a política que também se infiltrou no esporte e parece querer estragá-lo. O que se sabe é que se o jiu jitsu ir para as olimpíadas, as chances de medalha aumentarão e se não for, continuará com fãs em todo mundo.

Beisebol atraindo novos praticantes

Por Luiz Augusto

O beisebol foi criado em 1839 e é um esporte muito popular em países como Japão, Venezuela, Coréia do Sul,Estados Unidos, México entre outros da América Central. È modalidade olímpica desde 1992, após sete participações como modalidade de demonstração em 1912, 1936, 1952, 1956, 1964, 1984 e 1988. Mas no Brasil possui poucos praticantes e é desconhecido. O esporte é forte aonde a presença da colônia japonesa é grande, casos de São Paulo e Paraná, considerados grandes potencias do beisebol no país, seguidos de Rio de Janeiro, Minas Gerais e alguns Estados do nordeste. È praticado por pessoas das classes média e alta, de todas as idades e também há campeonatos de veteranos. Não existe uma liga profissional no Brasil, mas campeonatos interestaduais onde cada Estado possui equipes internas. A partir dessa competição, os atletas são escolhidos para representar o país em panamericanos e mundias. Eles não são remunerados, mas alguns recebem ajuda de custo e bolsas de estudo em Universidades.
Para mudar esse panorama e com intenção de atrair novos praticantes, o São Paulo Gigante beisebol clube, iniciou o projeto”iniciante.” O projeto já existe a 6 meses e possui 65 participantes. È direcionado para pessoas que gostam do esporte e nunca o praticaram. Segundo o instrutor de beisebol do clube, Renato Luiz Tiba, 31, o objetivo é popularizar o esporte e disse”Muitas pessoas nos procuravam fazendo pedidos para que fizéssemos alguma coisa nesse sentido”. O local que é cedido pela Prefeitura de São Paulo, mas é administrado pelos praticantes, é cobrado uma taxa de R$ 50,00 ao mês por aluno, esse dinheiro é destinado para pagar contas de água, luz e para fazer a manutenção do clube. Possui dois campos amplos a disposição dos frequentadores. Cada praticante possui o seu material esportivo que consistem em boné,calças, camisas, luvas, taco , bolinha que custam em média de R$ 200,00 a R$ 300,00.
Perguntado sobre qual outra ação seria importante para o esporte crescer no país Tiba respondeu. “Acho que seria legal copiar uma iniciativa que já existe no Japão que é o campeonato interempresas. Uma liga independente que só participam funcionários que trabalham nessas empresas de grande porte como, Toyota, Honda,Kodak, Yamaha, Makita, Kawasaki, Nsk, Toyo, Komatsu,Sony entre outras. Os atletas trabalham meio período e depois treinam para jogar, muitos brasileiros já foram para lá para fazer parte desse acontecimento”
Clube São Paulo Gigante de beisebol
Endereço: Avenida Doutor Abraão Ribeiro,497,
Bairro Barra Funda

Crianças carentes aprendem elementos da cultura brasileira

Crianças carentes aprendem elementos da cultura brasileira

Por Luiz Augusto

Empresas de grande porte, que atuam nos mais diversos ramo de atividade , procuram se diferenciar no mercado de trabalho se responsabilizando socialmente entregando se a comunidade, procurando contribuir oferecendo espaço da empresa para que se realize atividades culturais, de lazer e educacionais. Desenvolvendo projetos sociais que ajude pessoas e comunidades em sua qualidade de vida. Em virtude da desigualdade social que atinge todo o Brasil, o Grupo Orsa por meio de sua Fundação (que leva o mesmo nome) criou um projeto dedicado a cultura brasileira. São oficinas que ensinam Capoeira, Circo, Musicalização entre outras.
A oficina que mais se destaca é a Ritmos brasileiros, existe desde 2007, localiza se na Rodovia Índio Tibiriçá, em Suzano, reúne 120 crianças de 07 a 15 anos, que depois do último ano, tem um encaminhamento direcionado a cursos profissionalizantes. O objetivo é trabalhar o resgate da cultura popular, através de música com crianças carentes. Dentro dela existe o grupo de música “Cia Batuca e”, que trabalha com os ritmos Bumba Meu Boi, Maracatu, Cacuriá, Caroço e Ciranda. O grupo já possui um repertório de músicas próprias, utilizam instrumentos como, Caixa do divino, Tambor do onça, Alfaia, Pandeirões e Agogo. As referencias musicais do grupo são Naná Vasconcelos, Tião Carvalho, Papete, Dona Teté e Antonio Nóbrega. Já se apresentaram em São Paulo, Mogi das Cruzes, Campinas e Paranapiacaba. Sempre se apresentam em festas regionais, aberturas e fechamentos de eventos musicais e sociais. Todas as demonstrações durão de 15 a 30 minutos e cada ritmo possui um figurino próprio.
As crianças vão a oficina três vezes por semana, terça, quarta e sexta. Em dois períodos, de manhã das 8h30 as 11h00 e a tarde das 14h00 as 16h30.
Todos os participantes das oficinas são crianças carentes que moram em bairros próximos da fundação.
A oficina é coordenada pelo músico e percussionista Paulo Betzler, 36, que da aulas no projeto a dois anos. Segundo ele a intenção é a elevação da auto estima das crianças. Perguntado sobre o que os pais acham do projeto, qual sua relação com os alunos, disse”.Para os pais é mais que um mero projeto. É um abrigo para os filhos, eles se alimentam, aprendem e se divertem. Quanto aos alunos muitas vezes eu deixo de ser um professor para ser um amigo. Brinco de jogar bola, converso e dou conselhos.
Frutos colhidos
Perguntado se um dia tem esperança de ver sair da oficina algum talento, o coordenador falou que, “Na verdade já tem, um educando que fazia aulas aqui durante um tempo, hoje ele da aulas dentro do projeto. A pouco tempo teve uma escola que pediu que nós ministrássemos uma oficina. Saíram daqui quatro crianças, eles foram ensinaram e depois, os alunos da escola fizeram uma apresentação. Essa é uma satisfação muito grande saber que um educando saiu da minha oficina e tem capacidade dar aulas em outro lugar”conclui.

O Pasquim

FUNDAÇÃO

O Pasquim foi fundado no Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1969, teve 1072 edições e terminou em, novembro de 1991. Nasceu de uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral para substituir o jornal humorístico “A carapuça”, de Sergio Porto. Nomes como, Millor Fernades, Ziraldo, Carlos Prósperi, Claudius Ceccon, e Reginaldo José de Azevedo Fortuna faziam o grupo fixo que escreviam no jornal. Outros jornalistas e cartunistas colaboravam para a publicação como, Ruy Castro, Fausto Wolff, Carlos Leoman, Henfil, Sergio Augusto, Ivan Lessa e Paulo Francis.
O nome significa”jornal sujo, folheto injurioso, e o símbolo, o ratinho Sig (de Sigmund Freud), foram criado e desenhado por Jaguar, baseado na frase "...se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".


CAPA


A capa do jornal era uma destaque a parte. A frase”AOS AMIGOS TUDO; AOS INIMIGOS JUSTIÇAS" fez muito sucesso na publicação. Não tinha ninguem responsável por ela, todos colaboravam com suas idéias. Henfil, Jaguar, Fortuna, Millor e Ziraldo contribuía com suas charges, cartuns e ilustrações, a outra parte da turma com suas frases e vinhetas. A primeira capa do Pasquim teve como personagem o colunista e repórter fotográfo Ibrahim Sued. Algumas frases ficaram famosas, como a de dois comentaristas que transmitiram ao vivo, a chegada do homem a lua e se parabenizaram um ao outro. A turma do pasquim não perdoou e colocou na capa : O HOMEM CHEGOU À LUA. PROVADO: NÃO HÁ VIDA INTELIGENTE NA TELEVISÃO”. Outra capa que teve grande sucesso foi a dos paulistas. Os jornalistas ficaram sabendo que o jornal vendia bastante no Rio e pouco em São Paulo. Então para alavancar as vendas criaram uma a frase: TODO PAULISTA É BICHA”! Só que escrito, no meio, com letras bem pequenas: “que não gosta de mulher”. A repercussão foi grande, o jornal passou a vender mais, mas também até ameaças a redação recebeu, a assembléia legislativa e a Câmara dos deputados paulistas apresentaram protestos.
A proposta do jornal era falar do governo e tambem sobre drogas, sexo, comportamento, divórcio, feminismo e política. Fazer críticas sobre a realidade brasileira, problemas sócio econômicos, repressão, utilizando o humor e entrevistas com grandes músicos e também continha artigos.


Entrevistas


As entrevistas eram feitas sob a organização do crítico musical Tarik de Souza. Mais pareciam verdadeiros bate papos humorados e provocadores com astros da musica popular brasileira, entre eles, Lupicínio Rodrigues, Luiz Gonzaga, Waldick Soriano,Caetano Veloso, Chico Buarque, Maria Bethania, Raul Seixas, Martinho da Vila, Ângela Maria Roberto Carlos, Moreira . O entrevistado ficavam sentado em cadeiras numa mesa de botequim, junto a jornalistas e produtores como, Julio Hungria, Albino Pinheiro, Luiz Lobo, Caulos, Olga Savary, Silvio Lamenha, Miguel Paiva, Ziraldo, Jaguar entre outros. O sucesso das entrevistas aconteciam por não possuírem nenhum critério. Algumas perguntas era impertinentes e as personalidades reagiam com agressividade e humor. Mas o objetivo era protestar a favor da liberdade artística no Brasil, fazer com que musica e jornalismo convivessem lado a lado.

A prisão


Em novembro de 1970, por causa de uma sátira ao quadro Independência ou morte, de Pedro Américo, a redação inteira de O Pasquim foi presa, a detenção durou dois meses. Era uma pintura de Dom Pedro com um balão em cima dele, dizendo”Eu quero mocotó.”Durante o período, a publicação passou a ser mantida sob a editoria por de Millor Fernandes. Foi feito um verdadeiro mutirão para manter o jornal funcionando. Mais de 200 pessoas ajudaram na redação, nomes como, Jô Soares, Prudente de Morais Neto, Juarez Machado, Glauber Rocha, Rubem Braga, Antonio Callado, Sérgio Augusto, Odete Lara, Chico|Buarque, Luís Fernando Verissímo, Vinicius de Moraes, Danuza Leão entre outros. A intenção dos militares era que os leitores perdessem o interesse pelo jornal.

O Fim

Com a libertação dos presos, a censura apertou muito sobre o jornal, militares apareciam diariamente na redação para fiscalizar o trabalho dos profissionais. Após uma entrevista que foi feita, com uma socióloga americana, que repercutiu mal no governo. Depois disso a censura ficou mais rígida, era feita Brasília. Tinham que produzir o equivalente a três edições para encher um jornal. Quando acabou a censura prévia, começaram apreender as edições. Logo após essas episódios colocaram uma bomba no Pasquim, que não chegou a explodir. A partir desse momento, bancas de jornais que vendiam a publicação começaram a serem alvo de atentados a bomba. Com medo de serem futuras vítimas, outros pontos de venda passaram rejeitar a publicação, que começou a perder toda receita por que os anunciantes ficaram com medo. O Pasquim conseguiu sobreviver até a abertura política em 1985. Jaguar o único a permanecer da equipe original, se esforçou para que o tablóide continuasse ativo. A última edição foi publicada em 11 de novembro de 1991. Várias tentativas de relançar a publicação foram feitas como O Pasquim 21, mas sem êxito.


Jornais Alternativos

Os jornais alternativos surgiram em oposição ao regime militar e como alternativas diante da grande imprensa que se omitia ou apoiavam a ditadura. Após o golpe de 1964 se intensificou a criação de várias publicações pelo país. Todos eles nasceram e morreram nas décadas de 60 e 70. Eram chamados alternativos por não seguirem a linha editorial tradicional da imprensa nacional, por criticarem problemas sociais, a situação econômica e política do Brasil. Não se deixavam manipular por pressões do governo, mas ao mesmo tempo eram autênticos, contestadores e irreverentes.
O objetivo era lutar contra as injustiças, intolerâncias, formar uma identidade cultural, conscientizar a juventude e ter uma sociedade mais justa.
O pioneiro a fazer esse trabalho foi o,”Pif Paf” em 1964 e depois vieram muitos como, Bondinho, O sol, Ex, De Fato, Repórter, Opinião, Versus, Movimento, Correio da Lavoura, Coojornal, Boca do Inferno, Invasão, Binomio entre outros.
Geralmente o público desses jornais é formado por estudantes, trabalhadores pessoas que os usam como leitura complementar, já que são de publicações da grande mídia.
Todos esses jornais não passavam da terceira ou quarta edição, em virtude de precisarem de grande investimento financeiro e infraextrutura. Atualmente alguns são distribuídos gratuitamente.

Jornais

Opinião

Fundado em 1972, no Rio de Janeiro. De periodicidade mensal, como jornal estudantil da Escola José Brandão. Em dezembro de 1969 passou a circular de 10 em 10 dias. A tiragem era de 1.000 exemplares.






Versus

Fundado em Outubro de 1975, em São Paulo. Vendido inicialmente de mãos em mãos, o jornal chegou na ser distribuído nacionalmente, com tiragens de até 35 mil tiragens. Teve 34 numeros sendo extinto em outubro de 1979.





Movimento

Lançado em São Paulo em 7 de julho de 1975. Tinha como principal editor Raimundo Pereira. Teve como seus principais colaboradores Fernando Henrique Cardoso, Duarte Pereira, Chico Buarque entre outros. Foi extinto em 2 de junho de 1976.

PCC e seus rivais

Oposições da maior facção criminosa do país podem transformar São Paulo em guerra

Por Luiz Augusto

Fundada há dezesseis anos, dentro do Centro de Reabilitação
Penitenciária de Taubaté, a facção criminosa PCC (Primeiro Comando
da Capital), vêm atuando dentro e fora do sistema carcerário paulista
através do tráfico de drogas, assalto a bancos, homicídios, roubos de
cargas, sequestro, extorsão e outras práticas criminosas. Atualmente é chefiada por Marcos Wilians Herbas Camacho, o Marcola. Mas qualquer tipo de manifestação ou movimento contrário está atingindo a população de São Paulo. As facções criminosas que fazem oposição ao PCC.

Essa oposição é formada por CRBC (Comando Brasileiro Revolucionário
da Criminalidade), CDL (Comando Democrático da Liberdade), TCC
(Terceiro Comando da Capital), SS (Seita Satânica), SA (Sociedade
Anônima).

A oposição mais atuante e contundente é feita pelo CRBC, que foi
criado no Natal de 1999 e o fato mais curioso é que seus integrantes
são conhecidos popularmente como "coisa". Atualmente a facção domina a
penitenciária José Parada Neto, a P1 de Guarulhos e mais duas unidades
no interior de São Paulo. Dentre as ações mais conhecidas, o resgate
de dois presos feitos por um helicóptero, um deles era Dionísio de
Aquino Severo (um dos chefões da facção e morto logo depois pelo
PCC) e o assassinato de sete detentos da facção CDL, todos na mesma
cadeia.
Em 2003 foi fundado o TCC por dois ex-fundadores e líderes do PCC que foram excluídos por disputas internas.
Já o CDL foi criado em 1996 na Penitenciária I de Avaré e atualmente age em algumas prisões. A facção já participou de algumas rebeliões e
atua com crimes discretamente nas cidades, os seus integrantes são
popularmente conhecidos como "verme".
A SS foi criada para cultuar reuniões satânicas, e a S.A. que foi a última a ser fundada e,diferentemente das outras, foi criada fora dos estabelecimentos penais.

Todas essas facções possuem estatuto próprio e juntas não chegam a
dominar 5% da massa carcerária paulista.
Os criminosos dessas facções quando são presos e levados para alguma
cadeia, são colocados imediatamente no “seguro” (cela destinada aos
presos jurados de morte).
A maioria dos membros dessas organizações rivais do PCC quando são
libertados, quase sempre são assassinados pelos “irmãos do partido”
como são conhecidos os componentes do PCC.
Todas essas mortes acontecem quando um integrante de alguma
organização inimiga é seqüestrado e interrogado, quando essa suspeita
se confirma a vítima é executada sem perdão.

São diversas as maneiras que o PCC utiliza para saber de algum
desafeto é libertado da cadeia, e alguns artifícios são: através de
telefonemas efetuados dentro das penitenciarias em que avisam os
criminosos em plena atividade, que determinado preso de facção rival
foi libertado, e ex-detentos não filiados a nenhuma facção quando saem
e são reconhecidos por outros ex-detentos de organização rival ao
partido e que cumpriu pena na mesma cadeia, logo avisam a um membro do
PCC por intermédio de visitas.
Outro fator importante nessa rivalidade de facções é pelo simples fato
do preso sem nenhuma filiação a qualquer facção chegar a
penitenciarias de possíveis opositores e automaticamente se torna um
potencial inimigo.
O governo federal juntamente com as forças de segurança de São Paulo,
não possuem a quantidade de informações que o PCC tem em relação as
suas oposições. Caso possuam tais informações, não as transmitiram
para a imprensa e população.

Transtornos paulistanos

A realidade é que tais imagens inacreditáveis que acontecem no Rio de
Janeiro pelo domínio do tráfico de drogas entre CV (Comando
Vermelho), TC (Terceiro Comando), ADA (Amigo dos Amigos) e as
milícias que são formadas por militares como; bombeiros, policiais
corruptos e expulsos, que fazem várias vítimas, tanto pelo confronto
direto, como por balas perdidas decorrentes de tiroteios.
Esses acontecimentos poderão ocorrer no estado de São Paulo mais cedo
do que se imagina. Organizações criminosas de oposição ao comando
vermelho no Rio de Janeiro, quando foram fundadas também começaram
muito pequenas como CRBC e outras aqui em São Paulo, mas com o
tempo ampliaram seus poderes e hoje fazem frente à maior facção
criminosa carioca o CV.
Ataques às delegacias, carros e postos policiais, agências bancárias,
centrais de energia, transportes, comércio, toque de recolher, mortes,
saques, aulas e escolas paralisadas, e rebeliões em presídios pode ser
cotidiano na vida dos paulistanos.

Esses acontecimentos fizeram com que universitários tivessem as aulas
interrompidas pelas ameaças de bomba em algumas unidades em maio de
2006. A estudante de direito Kelly Salles, 29, sofreu com o caos. “Eu
estava no trabalho e fui avisada pelos meu superiores para ir embora,
quase não consegui voltar pra casa, é horrível pensar que pode
acontecer tudo de novo”, comenta.
O estudante de jornalismo Edilson de Oliveira, 30, disse, voltar para casa aquele dia foi um sacrifício. Todos comentavam sobre os ataques. A polícia estava atenta e defensiva. Quanto ao fato de enfrentar o mesmo transtorno novamente, desta vez por causa de guerra entre facções,diz:” podemos sim, vimos um fato semelhante que aconteceu há pouco tempo em Salvador, por causa da insatisfação na transferência de presos. Transportes parados já é costumeiro em São Paulo mas, como a três anos atrás é uma afronta ao direito do cidadão, vivenciamos um estado de guerra civil, e a policia não toma nenhuma providencia.” Em relação ao impacto e transtorno que causou em sua vida falou,” Esse episódio me deu uma dimensão maior do problema que o governo enfrenta, e me fez respeitar o crime organizado, como uma forma de organização mesmo. Não devemos menosprezar, aqueles que colocam o sistema inteiro da maior cidade do país contra a parede.”

Diante da violência aos ataques à policiais e suas famílias, o
policial militar João Santos, 37, que mora e trabalha na zona leste,
falou sobre o fato." Temo pela vida dos meus filhos e esposa mas,
tenho que trabalhar para sustentá-los, eles (bandidos) só agem na
covardia. Nos atacam desprevenidos, voltando do trabalho, quando
estamos com nossas famílias e até nossas residências. Sempre em maior
numero, com armas melhores e de maior calibre e nunca entram em
confronto direto contra nós.”lamenta o policial.

Em meio a possibilidade da população de São Paulo passar por momentos
difíceis novamente o sociólogo Jaime Amparo, 29, que faz doutorado na
Universidade do Texas e esta no Brasil fazendo pesquisa sobre
violência urbana, fala, “esses conflitos entre facções é uma das
múltiplas faces da violência urbana, em que a população pobre é a
principal vítima. A sociedade é vítima de um estado incompetente, que
não tem legitimidade social para proteger o cidadão por que ele tem se
comportado como bandido através de sua política de segurança baseado
na eliminação daqueles que são contra a lei. Só um fato como estes
justifica os crimes de maio de 2006. Perguntado sobre as chances dos
ocorridos a três anos acontecerem outra vez, diz,” Se a resposta que o
governo queria dar era por meio de punição exemplar, então falhou. Na
verdade ela foi tão pior que os ataques do PCC.

CINEMA


O problema é tão grave e real que já chegou ao cinema. Há um mês atrás estreou o longa”Salve Geral”do Diretor Sergio Resende. O filme retrata os acontecimentos que paralisaram todo o estado de São Paulo, em Maio de 2006.
Agora resta saber o que o cidadãos que sofrerão com todo aquele caos, acham de tal situação ir parar no cinema.

Fonte: Livro "PCC a FACÇÃO", escrito pela jornalista Fátima Souza, lançado em 2007, pela editora Record.
Site: www.spagora.com.br




domingo, 3 de janeiro de 2010

Robinho, craque ou apenas um bom jogador?

O caso do Robinho é comum dentro do futebol. Ele sofre de “SINDROME DO BICOITO MAIS GOSTOSO DO PACOTE”. È um grande jogador futebol. Mas quando saiu do Brasil achou que as equipes européias em que jogasse, iriam atuar em função dele, como no Santos F.C, se enganou. Chegou ao Real Madri achando que seria um galactico, mas num passou de coadjuvante. No Manchester City por um tempo, no meio de um monte de jogador ruim, carregou o time nas costas, atualmente fica no banco. Acho que o Robinho precisa jogar em uma equipe que tenha um ótimo plantel de jogadores, onde não tenha tantas reformulações, como Barcelona e Real Madrid. Equipes da Itália, Alemanha seria uma boa e tambem o atleta entender que ele, é só mais um dentro no time.